Análise: Mr. Robot (1ª temporada – 2015)

Uma brilhante série mostrando como o mundo é sujo e completamente controlado pelo sistema político mesclado em burocracias e desejos imundos de megacorporações esmagando pessoas comuns ou controlando-as como verdadeiras marionetes. Esse é o cenário de Mr. Robot (USA Network).

Elliot Alderson (Rami Malek) é um programador que trabalha na Allsafe Cybersecurity, uma empresa de cibersegurança que tem como principal cliente e obviamente a principal fonte de renda a multinacional E Corp. trabalhando como técnico de segurança durante o dia e sendo uma hacker “vigilante do bem” durante a noite, Elliot também enfrenta seus demônios pessoais que são sérios problemas psicológicos como ansiedade e depressão. Ao conhecer um misterioso líder de um grupo de hackers, conhecido apenas como o Mr. Robot (Christian Slater), Elliot se vê dividido em apoiar ou não a causa que ele prega: destruir a  E Corp, a principal empresa que ele é pago para manter a segurança e proteger.

 

Com uma critica extremamente forte contra o sistema capitalista e a imprensa, a série tem um tema forte que vai se desenrolando no decorrer dos episódios, no qual o espectador se vê assim como Elliot, pensando no que fazer, o que escolher, qual caminho percorrer. Cada decisão que Elliot escolhe vai envolvendo ele mais e mais com o grupo Fsociety (grupo liderado pelo Mr. Robot) e seus problemas psicológicos vão se agravando, tornando ele adepto de medicamentos fortes e certas drogas.

 

A trama principal da série é facilmente associada ao mundo em que vivemos. As vezes sentimo-nos como Elliot’s, sendo forçados a seguir o padrão que o sistema impõe, obrigados a calar-se diante de certas situações e de maneira nenhuma ter opinião ou pensamento que discorde da “moda do momento”. O mundo está cheio de E Corp’s, que por muitos são idolatradas e defendidas, as vezes não uma empresa em si, mas uma figura famosa, um artista ou líder político que prega o que se deve ou não ser feito e assim alcança seus seguidores.

O conhecimento gera poder, mas o poder deve ser utilizado para o bem. Essa filosofia parece ser seguida (ou pelo menos tenta seguir!!!) por Elliot que é claramente um anarquista que confronta diretamente as diretrizes do padrão imposto. Lembrando que o anarquismo em si, não é destruir tudo e fazer confusão como a mídia tanto prega, mas isso é assunto para outro post. ;D

Com ótimas atuações do elenco principal, a série já ganhou o Globo de Ouro 2016 como Melhor série de drama, e Melhor ator coadjuvante em série com o ator Christian Slater. No Emmy 2016, venceu na categoria de Melhor ator em série de drama através do ator Rami Malek.

Destaques no elenco também para os personagens: Angela Moss (Portia Doubleday), uma amiga de infância de Elliot que trabalha com ele e  é o seu amor platônico; Darlene (Carly Chaikin), uma hacker que também faz parte do grupo Fsociety; Tyrell Wellick (Martin Wallström), o arrogante Vice-Presidente Sênior de Tecnologia da E Corp.

Quer ver uma série que foge dos padrões comuns e com uma ótima trama e reviravoltas? Assista a Mr. Robot, e veja o que achou desta magnifica série. Mas cuidado…você pode estar sendo hackeado!!!

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NerdProfeta

Cristão, marvete, nintendista, fã do Foo Fighters e rpgista.