Análise: Passageiros (2016)

Com um elenco já conhecido por sua atuação, Christopher Michel Pratt (Jim), Jennifer Lawrence (Aurora), Michael Christopher Sheen (Arthur) e Laurence Fishburn (Gus)o filme retrata a incansável busca da humanidade pelo desconhecido e pela colonização de outros planetas, trazendo muita ação, dinâmica e algumas reflexões sobre o homem e seu social, além da história ser muito bem ambientada, os efeitos não deixam a desejar, tendo a dose certa de lucidez, atendendo tanto aos amantes de ficção quanto ao publico mais cético.

A nave Avalon, que ruma para Homestead II, um planeta que é “propriedade” da companhia Homestead, passa por uma chuva de meteoros 30 anos após deixar a terra, e apesar de conseguir passar por quase todos e se proteger da maioria deles, estilhaços de um meteoro gigante causam algumas avarias no reator da nave, acordando assim, Jim, um engenheiro mecânico que tem por objetivo construir uma vida nova no novo planeta de destino.

Após um ano sozinho na nave, tentando voltar a sua hibernação, sem sucesso, sem saber do ocorrido com o reator e depois de muitas conversas com Arthur, o barman ciborgue da nave, Jim se encontra em um dilema: “Esperar para morrer sozinho por 89 anos ou tentar se suicidar e acabar com o sofrimento”.

Esse é o primeiro dilema que o filme apresenta, expondo a reflexão de que o homem é um ser social e precisa de outros para se sentir completo.

Apesar de sua quase tentativa de suicídio, Jim fica assustado com a escolha que estava prestes a fazer(o que você faria no lugar dele?), e começa a correr pela nave, o que se depara com Aurora, uma escritora e jornalista que planeja ser a primeira pessoa a embarcar numa viagem de colonização e voltar para a terra.

 

Nesse ponto, o filme nos mostra o segundo dilema: “Você, se soubesse que seus problemas poderiam ser solucionados, fazendo outra pessoa passar pelos mesmos problemas que você está passando, permitiria que outra pessoa sofresse com você? ”

Após muito tempo pensando e com várias conversas e sacadas de Arthur, Jim decide acordar Aurora, sem contar para a mesma que ele fora o responsável pela “falha” em sua câmara.

No decorrer do filme, os dois se apaixonam e começam a viver uma vida feliz na nave, não percebendo as falhas e defeitos que vão se acumulando no sistema da mesma.

No aniversário de despertar de Aurora, Arthur comenta que não acreditava que aquele momento poderia ser real, pois Jim estava muito ansioso para conhece- lá naquele mesmo dia, há um ano atrás. Com isso, Aurora descobre que ela foi acordada (e condenada?) por Jim.

Com as reviravoltas do filme, a grande reflexão que fica é “Como você viveria sua vida inteira, sabendo que você está a caminho de um lugar que jamais chegará? Iria pensar em o que fazer quando chegar ao seu destino ou iria aproveitar o caminho, principalmente ao lado daqueles que ama?”

Com excelentes diálogos e um toque de comédia por parte de Arthur e de Jim, o filme é um prato cheio para os amantes de ficção e atrai a atenção do começo ao fim.

Notas:

História: 10,0 – Uma excelente história que além de atrair a atenção, faz refletir sobre as questões apresentadas
Cenário:10,0  – Uma nave muito bonita e extremamente bem equipada
Filmagem: 10,0 – Excelente combinação de câmeras e alternância entre as cenas
Timing: 10,0 – Ótima junção das cenas e um ótimo desenrolar da história, não deixando pontas soltas
Efeitos: 10,0 – Efeitos padrão para esse tipo de filme, porém com uma elaboração muito minimalista em como seria cada situação

Nota geral: 10,0
Classificação: Excelente!

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NerdProfeta

Cristão, marvete, nintendista, fã do Foo Fighters e rpgista.