Review: Deadly Premonition Origins (Switch – 2019)

Estamos com mais um review de um game e a bola da vez é Deadly Premonition! Confira mais desse jogo que já tem o status de cult em meio aos amantes de games de horror.

Produzido originalmente pelo estúdio Access Games e publicado por diferentes estúdios de acordo com a região, em 2010 para o Xbox 360 e PS3, o game de horror Deadly Premonition recebeu um port chamado Director’s Cut Edition para PC (Windows) e PS3 em 2013. Em 2019, foi a vez do port para o Nintendo Switch, chamado de Deadly Premonition Origins, sendo portado e publicado pelo estúdio Toybox. E foi essa versão do Switch que joguei para fazer o review.

ATENÇÃO: Para quem não gosta / não tem o costume de ler, segue abaixo o nosso review em vídeo lá no nosso canal no YouTube. Só clicar e assistir. Ah, aproveita e se inscreve beleza? E para quem prefere a leitura, só rolar para baixo que o texto continua.

História e Personagens

Créditos: Female First

Antes de falar sobre a história do game e dos personagens, quero deixar nossa indicação da série no qual este jogo bebe MUITO da fonte: Twin Peaks (clique aqui para conferir um review COM spoilers da primeira e segunda temporada e aqui para um review da terceira). Deadly Premonition inclusive sofreu com muita semelhança de elementos dessa ótima série, tendo que trocar o nome do jogo (iria se chamar Rainy Woods), trocar a aparência e nomes de alguns personagens.

A história do game começa quando o agente do FBI Francis York Morgan investiga o assassinato de uma jovem chamada Anna Graham, na cidadezinha de Greenvale, Washington, EUA. O caso é direcionado a ele pois não é um assassinato comum: envolve uma espécie de ritual no qual o corpo da jovem foi encontrado algumas sementes vermelhas, casos semelhantes que o agente encontrou em outros assassinatos pelo país.

A cidade de Greenvale tem diversos personagens, porém vou dar uma rápida passagem pelos personagens principais, sem spoilers.

  • Francis York Morgan – o protagonista do game é um agente do FBI que vai para a pequena cidade de Greenvale tentar desvendar o caso que pode ser vinculado a outros casos que já ocorreram. Extremamente “diferente” (para não dizer estranho), o agente Morgan sempre pede as pessoas para lhe chamarem de “York“, ama um bom café (assim como eu hehe!), tem uma pequena cicatriz no rosto (passando pelo cabelo e sobrancelha direita), fala com um “amigo” (uma espécie de amigo imaginário) chamado Zach, é fumante e tem alguns segredos. No decorrer do game você vai descobrir mais desse exótico personagem e seu psicológico, muito bem mostrado no jogo.
  • George Woodman – xerife de Greenvale, Woodman é durão e quando York e ele se conhecem, os dois não se batem muito bem a principio. O xerife gosta de praticar musculação e é chamado, secretamente, de “Monarca” por York.
  • Emily Wyatt – a vice xerife de Greenvale, a principio acha York muito estranho. Uma personagem destemida e central na história do game.
  • Thomas MacLaine – um dos policiais de Greenvale e assistente do xerife, Thomas é bem tímido. Ele ajuda sua irmã mais nova, Carol, no bar na qual ela sempre canta.

Gameplay

Créditos: New Game Network

Chegamos a parte mais polêmica do jogo! A gameplay e a parte técnica do game pode ser um ponto que irá afastar muitos jogadores. Vamos falar sobre esses pontos negativos:

  • Deadly Premonition: Origins tem seu principal defeito a arte gráfica. O jogo tem um péssimo trabalho de arte para um game lançado em 2010. Parece ser o “inicio do inicio do inicio” da geração do Xbox 360 e PS3 com alguns personagens feios e cenários ou objetos parecendo itens da geração anterior.
  • Outro ponto negativo é o controle do personagem que é “duro” no momento do combate: com arma branca (pra quem não sabe, armas brancas são armas de mão: faca, bastão, espada…etc) não causa tanto problema é até a melhor forma de ataque, porém quando você equipa alguma arma de fogo o personagem “trava”, ou seja, ele fica parado para atirar, ele não anda e dispara ao mesmo tempo, isso incomoda demais pois não tem como andar e atirar nos inimigos, você deve ficar parado.
  • E finalizando nossa crítica dos pontos negativos, é sobre a exploração com os carros. Algo que deveria ser simples, apertar um botão para acelerar, outro para frear e outro para buzinar ou ligar a sirene, se torna um inferno com uma variedade de comandos que você entra no carro. Sério, eu demorei para pegar e andar de forma no mínimo “normal” na cidade de Greenvale.
Créditos: Best Buy

Deixando claro esses pontos negativos, vamos falar do gameplay do game e das coisas boas dele.

O game tem um mundo aberto, bom pelo menos na cidade e seus arredores. Mas a cidade, mesmo sendo uma cidade pequena rural, ela é grande no sentido de lugares para se explorar: existe posto de gasolina, hospital delegacia, restaurante, bares, hotéis, cemitério e muitas coisas na cidade. Existe um relógio real dentro do jogo e o personagem tem além da barra de vida, uma barra de fome e uma barra de cansaço, você deve ficar atento pois se cansar muito você deve dormir e, se alimentar bem. Tem a questão da higiene também que se você ficar muito tempo sem mandar lavar suas roupas, vai ficar moscas lhe rodeando (kkk!). O jogo tem a “main quest” que é a história principal para desvendar (inclusive nos momentos que você chega a alguns locais determinados, você tem que achar algumas pistas para avançar no game) e também as “side quests” que são missões ou solicitações de personagens paralelas a história principal, você faz se quiser, as recompensas são variadas entre novos itens, armas, etc.

E, sendo um game de horror, este game vai sim trazer muito susto e sensação de pavor, falo por experiência própria rsrs! Nos momentos de exploração na cidade você sente até um certo “alivio”, mas quando chega a hora que aparece inimigos, você tem que estar atento e não vacilar: além dos monstros “normais”, existe um personagem misterioso (lenda urbana da cidade) que lhe persegue desde o inicio até o fim do game ele lhe causa muito pavor com suas cenas de perseguições alucinantes! E não…não vou falar nada dele aqui, descubra por conta própria!

Conclusão

Créditos: TheGamer

Se você conseguir jogar sem reclamar muito desses pontos negativos que citei ou fazer apenas “vista grossa” como eu, tenho certeza que a história que você irá encontrar vai passar por cima desses pontos negativos.

O game não é uma obra prima, como já expliquei, mas tirando esses pontos, ele se torna espetacular. No quesito terror, ele dá de 10 em muito jogo “famosão” que se autodenomina “game de horror” e nada mais é que um jogo de ação com “monstrinhos” que dão no máximo susto por aparecer de repente.

Deadly Premonition é um game de horror, com muito tema psicológico, muito mistério, muita angustia e cenas “gore”. Tenha uma dupla visão e ponto de vista ao tentar desvendar e descobrir os mistérios da cidade de Greenvale, pois você irá precisar. E, ei! Não se esqueça de tomar café, aqui tem o melhor café que já tomei Zach!

NOTA (0 – 5): 4.0 BOM!

Game: Deadly Premonition Origins

Desenvolvedor: Toybox

Distribuidor: Toybox

Plataforma: Nintendo Switch, PS3, Xbox 360 e PC (Windows)

Lançamento: 2010 (Xbox 360 e PS3 (Japão)), 2013 (PC e PS3 mundial) e 2019 (Switch)

Gênero: Horror, aventura

About the author

NerdProfeta

Cristão, marvete, nintendista, fã do Foo Fighters e rpgista.