Review: HEROES OF HAMMERWATCH: ULTIMATE EDITION

Kia Ora, senhoras e senhores!

          Rogue Lite, é um gênero de jogo que tem algumas das características do jogo Rogue (1980).  Mas quem jogou Rogue? Dificil, um jogo de mais de 40 anos, graficamente pouco atraente, porém, extremamente viciante. Vamos trazer algo mais recente, Gauntlet (1985), era um Hack and Slash (nos anos 80, isso significava outro estilo de jogo, nada a ver com God Of War ou Devil May Cry), Dungeon Crawler, com visão de cima (Zelda: a Link to the Past, True Lies, Beyond Oasis). Misture tudo isso e teremos HEROES OF HAMMERWATCH: ULTIMATE EDITION (CRACKSHELL, 2020), um rogue lite “responsa” e extremamente viciante.

       Falando de modo direto, é aquele tipo de jogo que você vai morrer! Você sabe que vai morrer, e mesmo assim, morre! E quando isso acontece, não tem choro! Volta para o começo do jogo! E todo o dinheiro que estiver com você, itens, tudo vai pro limbo. Entretanto, o XP adquirido, e algumas skills, não são perdidas. Fora, que o dinheiro que você acumula, pode ser enviado para sua conta corrente medieval, e desse modo, pode ser acumulado. E é desse modo, que evoluímos nosso personagem.

               Temos algumas opções de classes (Paladin, Ranger, Priest, Sorceror, Wizard, Thief, Warlock, Witch Hunter e Gladiator) com prós e contras, algumas já desbloqueadas, e outras, que necessitam de upgrades na sua cidade (seria o lobby do jogo) para que sejam acessíveis. O desenvolvimento de cada personagem é individual. Já o da sua cidade, pode ser compartilhado.

               Saindo do Lobby, e entrando na dungeon, o jogo começa de verdade. Aí, basicamente é um Gauntlet. Hordas de inimigos (insetos, monstros, golens, morcegos, soldados humanos…), “ninhos” de inimigos, armadilhas, baús e salas secretas! Como todo Rogue Lite, ele começa muito difícil. Além de pegar a mecânica do jogo, precisamos entender os inimigos e decorar onde eles ficam, para não ser pego de surpresa, certo? Mais ou menos! As dungeons são aleatórias. Ou seja, nem perca tempo decorando. Com o decorrer de suas mortes, você consegue fazer a evolução permanente, e as primeiras fases, vão ficando mais simples. Também temos acesso a alguns portais, para pular fases, mas não se empolgue, pois não é tão simples assim. Mesmo entrando nesses portais, você terá que passar por vários inimigos, e não é simples. Digamos que se você quer um warp (portal) para a fase 2, e o mais longe que você foi no jogo, foi a fase citada, será uma batalha bem complicada. Fora isso, você perde a chance de juntar um “troquinho”, caso sua opção fosse o caminho normal.
               E multiplayer? Tem sim Senhor! Multiplayer on line, e muito divertido. Joguei algumas partidas com um amigo (obrigado Adonis Supertramp) e o jogo fica mais interessante ainda! Se seu parceiro morre, e você o ressuscita, sua alma fica ligada a dele, ou seja, se ele morrer de novo, você vai junto. E vice versa!

               Fiquei muito receoso de ser injusto na analise desse jogo. Inicialmente, não achei que seria algo tão grandioso! Apesar da direção de arte ser bem agradável aos olhos (pixel art), eu pensava que seria “mais um Rogue Lite”, mas não é! O jogo tem muitas camadas (ainda mais a Ultimate Edition, que já vem com as expansões). Falando nisso, as expansões trazem alguns modos de jogo, que ajudam a desenvolver seu char (personagem) sem entrar na dungeon! O modo Arena, é um exemplo. Comecei jogando por jogar, e 30 minutos depois, não conseguia mais parar! Parei de jogar Bloodstained (2019) e Samurai Shodown (2019), para me dedicar a esta pérola. Não estou exagerando! Não é meu estilo de jogo predileto, mas é um jogaço. Recomendo pra quem não se abala em morrer várias vezes. Aqueles que curtem Celeste, Rogue Legacy, Diablo, Gauntlet, e outros jogos nesse estilo, que você morre muito, mas mata muitos inimigos também!


              A versão analisada, foi a do Playstation 4, e o jogo vai muito bem no joystick (creio que mouse e teclado seja melhor ainda). Sobre os valores, achei o jogo um tanto caro na PSN. O jogo vale, pois são muitas horas de diversão, mas o abismo de valor da Steam para a PSN Brasileira, é absurdo!


               Sugiro jogar. Ver o gameplay, pode lhe dar uma ideia do jogo, mas joystick na mão é outra “parada”! Musica boa, um tanto repetitiva, afinal, passamos um milhão de vezes pelo Lobby e pelas primeiras fases!

               Pode colocar o selo “RECOMENDADO PELO FRANK”!

Kia Kaha!

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NerdProfeta

Cristão, marvete, nintendista, fã do Foo Fighters e rpgista.