Olá pessoal! Hoje vamos analisar um filme de terror que vi recentemente que foi baseado num conto do famoso escritor H.P. Lovecraft. Confira!
A Cor que Caiu do Espaço é um filme americano de terror cósmico, dirigido e co-escrito por Richard Stanley (este aqui voltou a dirigir um filme após um longo hiato de 27 anos), baseado no conto de 1927 The Color Out of Space do famoso escritor de terror, H.P. Lovecraft. O filme tem Nicolas Cage como protagonista e muita luz, sangue e insanidade!
A história começa com a família Gardner em sua fazenda, com todos cuidando de tomates e alpacas na esperança de uma vida mais tranquila no campo. Nathan Gardner (Nicolas Cage) é um pai e patriarca da família, demonstrando um certo cansaço mas sempre atento com os afazeres da fazenda e com a saúde fraca da esposa, Theresa Gardner (Joely Richardson). O casal tem três filhos: Lavinia Gardner (Madeleine Arthur), se aproximando da bruxaria na esperança de curar a mãe, Benny Gardner (Brendan Meyer), esforçado tentando cumprir com as ordens do pai e o caçula Jack Gardner (Julian Hilliard). A vida pacata da família muda completamente após a chegada de um estranho e misterioso meteorito que cai em seu quintal, o que traz um hidrologista, Ward Phillips (Elliot Knight). Após a queda, uma estranha luz e neblina envolve a fazenda trazendo consequências psicológicas e físicas em todos ao redor.
Conforme o desenrolar da história acontece, as consequências da tal “cor” vai se aprofundando cada vez mais na natureza da fazenda, seus arredores e, claro, nas pessoas e animais. A situação chega a um ponto em que o tempo-espaço se confunde fazendo personagens surtarem sem saber ao certo qual a causa ou o que estão enfrentando. Como já citado acima, os sentidos dos personagens são afetados, como o olfato e o humor, mas o que fica aqui uma dúvida que pode ser considerada uma teoria do filme é:
Será que todos eventos que aconteceram após a queda do meteorito não seja algo psicológico, ou seja ilusão na cabeça dos personagens? Ilusões estas que mexeram tanto na cabeça deles que fizeram perder a noção da realidade, enxergando monstros e seus medos mais profundos?
Particularmente eu curti o filme, ainda mais com o tom e o ambiente todo anos 80. O filme tem seus defeitos, não é perfeito. A trama bem explicada de cada um dos personagens na primeira metade, é apressada na segunda parte, algo que poderia ser entendido por causa das consequências da “cor”, porém conto como negativo, principalmente a trama da Lavinia, que é a mais descartável. O design de produção está de nota 10 para mim, mas talvez para alguns será contado como negativo pela essência da já mencionada “vibe anos 80”. Não espere um vilão especifico saindo matando as pessoas ou correndo atrás delas neste filme, se você espera um slasher, este filme não é para você. Aqui o foco está no psicológico e como o horror do desconhecido e surreal pode se tornar fatal e algo além do entendimento, algo cósmico.
A Cor que Caiu do Espaço foi produzido pela SpectreVision e distribuído pela RLJE Films. Chegou aos cinemas americanos em 24 de janeiro de 2020, porém não tem previsão de chegada aos cinemas brasileiros. Segundo o diretor Stanley, este é o primeiro filme de uma trilogia de adaptações de Lovecraft, que ele espera acompanhar com uma adaptação de The Dunwich Horror (1929).
Nota do Profeta: Ainda não tive a oportunidade de ler o livro e assim conhecer a obra original, A Cor que Caiu do Espaço de H.P. Lovecraft, sendo assim essa critica é baseada apenas na adaptação cinematográfica de Richard Stanley. Quanto aos livros de Lovecraft, em breve quero adquirir um box com alguns livros dele.
