Review – Ys: Memories of Celceta

E temos mais um review da franquia Ys da Nihon Falcom! Vem comigo e confira o que achei de Ys: Memories of Celceta, mais uma game de nossa maratona de rpg’s em nosso canal da Twitch.
Ys: Memories of Celceta é um remake do quarto Ys lançado, que na verdade foram dois games, originalmente em 1993 para SNES (Ys IV: Mask of the Sun) e PC-Engine (Ys IV: The Dawn of Ys). Memories of Celceta foi lançado originalmente em 2012 para o PS Vita, sendo localizado em 2013 para América e 2014 para Europa. Recebeu um port para PC em 2015 na China e foi localizado mundialmente em 2018 via Steam e GOG (jogamos a versão da GOG neste review) e um port para o PS4 em 2019 no Japão e sua localização mundial em 2020.

História e Personagens

Embora Ys: Memories of Celceta é um remake do quarto Ys, na timeline da franquia ele se encaixa como se fosse o terceiro, ou seja, logo após os eventos de Ys II. Agora com 18 anos (um ano após Ys II), um desolado Adol Christin aparece na cidade de Casnan, cidade da região da Grande Floresta de Celceta, perdido e sem memória. Após ser ‘salvo’ na estalagem local, um homem se apresenta como Duren e diz conhecer Adol ao mesmo tempo que fica surpreso com a perda de memória do herói ruivo. Após serem contatados pelo governo local, Adol e Duren aceitam a missão de mapear a perigosa Floresta de Celceta, floresta esta cheia de mistérios e que ninguém nunca conseguiu a explorar por completo. Esta missão vai ser especial pois Adol quer recordar todas suas memórias e para isso tem que adentrar dentro da Floresta.

A história aqui em Memories of Celceta é o ponto fraco do game. Não que ela seja ruim, não é, o problema é que ela demora muito para engrenar. Essa missão inicial de “explorar / mapear floresta” e relembrar as memórias, inicialmente é algo bem simples e fraco como um plot principal do game. Você passa grande parte do game nessa de explorar e tentando recordar Adol com suas memórias no mapa e meio que fica sem um foco ou grande desafio no sentido de história. Você até encontra um ou outro personagem até a metade do game, que demonstram ser vilões, mas o game quer deixar eles em mistério que, na minha opinião, não funciona bem. Da metade para o final aí sim o game engrena, no sentido de história e plot, aí sim ela desenvolve bem e vai revelando tudo de uma vez. Quando você pisca já é o final do game. Uma pena a história ser lenta assim e ir com tudo da metade pro final.

Gameplay

A gameplay em Memories of Celceta é muito boa e dinâmica, fazendo um salto tremendo com a terrível gameplay de Ys I e II. Aqui temos os itens e equipamentos normais, como nos Ys anteriores, só que com bem mais dinâmica, algo semelhante como Ys Origin, com a diferença de lhe dar mais possibilidades como itens de cura a qualquer momento que você o tiver poderá usar. Falando em equipamento aqui também podemos upar eles no ferreiro com itens que você encontra no mapa ou dos inimigos.

O melhor da gameplay são as Skills que os personagens ganham conforme você avança de nível. Você equipa elas com no máximo 4 em uso no combate e, assim deixa seus personagens com uma variedade grande de ataques, proteção, cura, etc. Aqui também temos os especiais, os EXTRA Skill que você pode usar quando sua barra de Extra estiver cheia, daí você pressiona o botão e o personagem literalmente vai dar um especial no inimigo, na maior vibe KOF (a Nihon Falcom curte esses especiais assim não?)! Isso ajuda demais e pode derrubar chefes se você usar no momento certo. Único porém na gameplay que eu digo é que o personagem não pula. Ok, isso não estraga a experiência dele, porém chega a ser até chato em uns momentos que você vê que era só o personagem ter pulo para avançar em um ponto. Digno de nota que aqui você controla diversos personagens em combate e não só Adol.

Conclusão

Um bom action rpg com uma gameplay bem frenética em uma região enorme para você explorar. Embora a história acontece todo em torno de uma floresta, não se engane pois você irá encontrar cavernas, água, gelo, vulcão, etc. Entendo que o gráfico dele foi pensado originalmente em um portátil, mas essa arte em 3D não combinou muito bem aqui. Talvez foi por conta que o console que o game foi pensado originalmente, estava no inicio da vida útil ainda e não conseguiram entregar uma arte melhor.

Tirando a parte da história que demora demais para engrenar e lhe entregar um desafio real, a gameplay lhe apresenta um action rpg digno de ver cenas de especiais e golpes alucinantes em tela. Se é um fã de rpg, vale a pena dar uma olhada em Ys: Memories of Celceta e ajudar Adol em mais uma aventura.

NOTA (0 – 5): 3.5 LEGAL