Kia Ora, senhoras e senhores!
Tudo começou em 1981, de acordo com o calendário chinês, o ano do galo! Ronald Reagan já estava preparado para ser a piadinha do De Volta Para o Futuro, MTV e SBT foram criados e a lenda, Robert Nesta Marley (Bob Marley) nos deixou. Mas vamos falar de nascimentos! Britney Spears chegava ao mundo, e alguns meses, antes dela, este que vos escreve, nascia, também, numa madrugada gelada, em Curitiba. Ainda assim, o mais importante (a chegado do iphone foi menos festejada) está por vir: a Dynacom nascia no mercado brasileiro. E como fruto da Lei de Reserva de Mercado, dois anos depois, para ser mais exato, em agosto de 1983, seu console, clone do ATARI 2600, chegava ao mercado e as casas dos brasileiros. Um ano mais tarde, em 1984 (um ano icônico, segundo Orwell) a minha história se cruza com a da Dynacom.
3 anos de idade, parece pouco, mas lembro muito bem, da minha mãe jogando em uma sala escura, no sobrado que morávamos no Novo Mundo. Lembro claramente, do controle (Dynastick) grudado em uma baixela, através de suas ventosas, e minha jovem mãe, destruindo barcos, pontes e helicópteros. Talvez, uma das minhas melhores recordações de gamer!
Lembrança de um tempo que sou grato por ter vivido.
A quantidade de jogos era absurda, pois não sabíamos de nada sobre o Crash da indústria dos games. River Raid, Moon Patrol, Adventure, Defender, Freeway, Pitfall, Berserk, Enduro, Bob´s Going Home, Mr Postman… Não preciso nem fazer força para lembrar de vários exemplos de games dignos. Temos a famosa história do E.T., que trouxe essa má fama para o cartucho. Esse evento era desconhecido, para nós, brasileiros, pelo menos até o início dos anos 2000. Tive esse cartucho, e pra mim, era só mais um jogo de ATARI. Não era essa porcaria, que tanto falam, porém, estava longe de ser bom. Acho interessante a quantidade de gente que fala mal desse jogo, sem ter ao menos vivido o contexto. E.T. está mais para “bode expiatório” do que para “pior jogo do universo”. Alguns, como Star Raiders, que vinham com um gamepad extra, que parecia uma calculadora, eram fantásticos. Esse, um vizinho meu tinha, e eu joguei muito. Dragon Fire, que tinha duas telas diferentes, assim como a jogabilidade, coisa rara, naquela época. Imagens e sons que ficaram “tatuados” na minha memória.
A importância da Dynacom na minha vida gamer, se estendeu por mais uma geração, e no começo de 1990, ganhei meu Dynavision 2! Mas isso é história para ouro momento…Por hora, vou ficar ali nos 80s curtindo essa nostalgia que tomou conta de mim, exatamente agora. Saudades, mas sem culpa, só aquela sensação boa, de empurrar a chave de liga e desliga do Dynavision e escutar o som da máquina de fantasia ligando…
Que comece a nossa viagem!